Adeus Carolina

Os porcos me enganaram!
Parem as máquinas!
Os porcos me enganaram!
Chamem as abelhas!
Os porcos me enganaram!
Diga ao coronel que não irei
trabalhar hoje.
Diga que me matei.
Ou diga que levei um tiro
nas nádegas.
Ou simplismente que enlouqueci.
Chamem os porcos!
Diga que eu os amo.
To indo pro chiqueiro, adeus carolina.

As árvores espiãs

Se aquelas árvores falassem,
diriam que os gatos mijam o dia inteiro.
Gatos malditos!
Diriam também que anjos e demonios 

passam por elas todos os dias.
Que o padre da rua direita transa com
seu coroinha de 10 anos.
Que a tia Maria Alice faz cocô atrás dos cactos,
e que aquele famoso cineasta chora a perda
de um amor atrás das trepadeiras.
Que triste ser uma árvore...
Que destruidoras de lares seriam as árvores se
elas falassem.

Os mamilos de Beatriz

Beatriz me levava whisk com um dedo

de água todas as noites de verão.
O gelo ela me trazia na boca,
e dançava nua jogando ele
nos peitos.
O sorriso que ela dava com
o canto esquerdo da boca me fazia
gargalhar com o whisk em mente.
Cuspi na cara de beatriz e ela
morreu engasgada.
Agora me faz falta ver seu mamilo enrugado
com o gelo. 
Que falta faz o gelo, que falta faz os mamilos
de Beatriz.

Gruta irracional

Em uma gruta havia dois gorilas;
um era sentimental e o outro racional
um comia banana e o outro comia tua mãe.

Fim.

Vaicatá

Havia cogumelos para comprar,
então Florinda disse ; que tal
me colocar seis na minha cesta?
-te colocar na cesta?
; não, colocar seis
- nóis?
;é
-nos colocar na sua cesta?
; não, porra caralho!
- aqui não tem porra caralho!
; puta merda ein!
-puta merda tambem não.
; ah vai cata cogumelo!